quinta-feira, 31 de julho de 2008

Um poema antigo - E sua história

Postado em 27/07/08 no blog http://bemresolvidanavida.blog.terra.com.br/


Aqui só - Fevereiro de 1994

Como eu queria
Que você me quisesse, que me possuísse
Como eu gostaria de estar em seus braços
Sentir o gosto dos seus beijos
O prazer do seu toque, suas carícias
Estou aqui só e tudo que me vem à cabeça
É esse desejo de, quem sabe,
Me deitar com você, fazer amor
E amanhã e depois de amanhã
Estarei aqui a te desejar
Esperando que o meu desejo se torne seu desejo
Estou aqui só, escrevendo palavras tolas
E tudo que me vem à cabeça É que irei te encontrar
E frente a frente à você
Não deixarei escapar a oportunidade de
Quem sabe, tentar seduzir e ser seduzida
Estou aqui só e feliz porque irei te encontrar
E em alguma longa estrada da vida
Voltarei a juntar meu corpo ao seu.

Esse poema é de fevereiro de 1994. Velho, não?? Eu tinha 16 anos!!! e pela primeira vez senti tesão, uma forte atração. Sim, quem leu meu último post me viu falando da minha primeira vez "aos 15" e viu que eu tinha um namorado e tal mas...também me viu explicar que eu não sentia a química entre a gente, que só queria perder a virgindade e pronto. Pois bem, com ele eu nunca senti as coisas que sentia ao ver Y.
Y. era amigo de um primo meu e sempre que nos víamos rolavam uns olhares, e eu acabava tratando ele muito mal, sendo grossa de graça, pois eu fugia dessa atraçao louca, dessa vontade louca, pois tinha namorado (o tal do post anterior), mas uma vez nos encontramos em um casamento e não deu pra me enganar mais, eu estava loucamente atraída por ele. Era uma coisa que não dava nem pra olhar nos olhos, porque minhas pernas tremiam e eu me melava toda. Quando percebi que não ia aguentar e que queria muito ficar com ele, terminei o namoro. Terminei pensando em ficar com Y. Nunca tinha sentido pelo meu namorado o desejo que sentia por Y., era jovem e não entendia direito aquilo, mas sabia que não era paixão mas que era algo novo pra mim, algo que meu ex não conseguiu me fazer sentir em anos.
Houve uma festa em uma cidade do interior, festa de família e lá fui eu. Chegando lá dei de cara com ele, todo social em um terno, nunca vou esquecer essa sensação de descoberta, pois ali eu estava descobrindo o que era desejo de verdade, o que era tesão.
Ficamos conversando a festa inteira até que meu tio pediu pra que ele pegasse o carro e fosse na sua casa buscar algo que ele havia esquecido (não me lembro o que) e ele me chamou pra ir com ele. Nunca vou esquecer uma das maiores coincidencias da minha vida. Enquanto ele dirigia e rolava um silêncio ensurdecedor, daqueles que falam tudo, ele resolveu cortar o clima perguntando se eu gostaria de tomar alguma coisa e bater um papo e parou o carro em frente um bar. Na hora que ele estacionou a cidade toda escureceu. Faltou energia, as vezes isso acontecia, cidadezinha do interior...sabe como é. Naquela escuridão toda senti a mão dele na minha coxa. PRONTO!! Beijos, mãos, braços, e quando a luz voltou, cerca de 2 minutos depois, estávamos quase nos devorando ali mesmo. Nos recompomos e fomos pra casa de meu tio buscar o que ele pediu. Na volta paramos o carro e trocamos mais alguns amassos e chegamos são e salvos na festa, com meu tio desconfiado na entrada perguntando porque a demora.rs
No dia seguinte ele me procurou na casa de meu outro tio e me chamou pra sair. Pegou o carro e me levou pra estrada, lá ele parou o carro no acostamento e fomos pro banco de trás. Agora vocês podem entender quando disse no poema "E em alguma longa estrada da vida Voltarei a juntar meu corpo ao seu. " Foi ali mesmo. E com direito a caminhão passando cheio de "nativos" atrás que ficaram gritando quando repararam porque o carro jazia parado no acostamento.
Quando voltamos pro Rio nos encontramos mais algumas vezes, inclusive, o pai dele era dono de uma sorveteria e uma vez ele me levou lá de madrugada e me lambuzou toda de sorvete e nos dias seguintes fiquei muito doente, gripada e com febre. Mas não quis nada sério comigo e eu acabei não me importando, não estava apaixonada por ele. Soube separar o desejo, a atração da paixão, e olha que era novinha hein...Agora que já sou marmanja criada, bem resolvida, me encontro na dúvida, se minha atração virou mesmo paixão....
Um dia desses escrevo um poema desses pro Sexy Nerd. Afffff
E ps: não se lambuzem de sorvete em plena madrugada. Dá gripe, e das brabas!!!

1 cuspiram:

Anônimo disse...

Vou seguir o conselho, para ela n�o ficar resfriada e para eu n�o perder a hora inteira de esteira que fa�o todo dia, mais os 500 abdominais.
Quanto � cr�nica, deliciosa.
Beijos